O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou por unanimidade uma denúncia contra o deputado federal Aécio Neves (PSDB) pelo crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A informação é da coluna Radar, da revista Veja.
De acordo com a publicação, a denúncia é decorrente da operação Lava-Jato e refere-se a uma suposta propina de R$ 65 milhões que teria sido paga a Aécio pelas construtoras Andrade Gutierrez e Odebrecht para que o político e o seu partido, o PSDB, ajudassem nos interesses das empresas na construção de usinas elétricas no rio Madeira, em Rondônia.
O ministro Edson Fachin, relator do caso, entendeu que a PGR não conseguiu provar como Aécio teria usado os cargos de governador de Minas Gerais e senador para beneficiar as construtoras. A denúncia foi apresentada em maio de 2020 pela procuradoria e Fachin considerou que a narrativa apresentada seria por demais genérica.
Recentemente, Augusto Aras mudou o entendimento sobre o caso e defendeu o arquivamento da denúncia. Todos os demais ministros da corte acompanharam o relator, no julgamento que foi encerrado nesta sexta-feira.
Em nota, Aécio criticou a ação movida e disse que, durante cinco anos, foi vítima “de ataques e acusações baseados em afirmações mentirosas agora desmascaradas”. Segundo o deputado, o dano causado à sua reputação é “irreparável”.
“Apesar da importante decisão da Justiça que repõe a verdade, é irrecuperável o dano causado à reputação de pessoas públicas quando se dá ares de veracidade a depoimentos de delatores sem qualquer comprovação, que mentem na busca da absolvição de seus próprios crimes”, disse.