Setembro Amarelo é um ponto de partida para um debate mais amplo sobre a saúde mental”, afirma psicólogo Rodrigo Damasceno

Setembro Amarelo desempenha um papel fundamental na quebra de tabus e na conscientização da sociedade sobre a saúde mental. Iniciada em 2015, essa campanha visa conscientizar a população sobre a prevenção do suicídio, um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.

Em 2024, o lema da campanha é “Se precisar, peça ajuda!”, reforçando a importância de buscar apoio momentos de crise. “É um momento crucial para falarmos abertamente sobre o suicídio, desmistificar a ideia de que é um problema individual, ou que é um ato de fraqueza, e mostrar que a ajuda profissional é essencial, antes, durante e após a crise, o cuidado é contínuo”, afirma o psicólogo Rodrigo Damasceno, doutor em Psicologia e docente da Faculdade Ages de Irecê.

O professor explica que os transtornos mentais, assim como questões relacionadas a fatores socioeconômicos, são fatores de risco que podem potencializar o ato suicida. “É importante que as pessoas entendam que os transtornos mentais são doenças que precisam ser cuidadas, assim como qualquer outra, e que as questões relacionadas a fatores socioeconômicos são fatores que potencializam o adoecimento psicológico do sujeito”, enfatiza Damasceno.

Apesar dos avanços, o psicólogo aponta que ainda há muito a ser feito. “O suicídio é um problema complexo e multifatorial, que exige um trabalho conjunto de diversos setores da sociedade e que é necessário mais investimento em politicas publicas de prevenção, fortalecimento e ampliação das redes de cuidado e que as ações de prevenção sejam realizadas em todos os meses do ano, não apenas em setembro, porque o sujeito que está em sofrimento, necessita de cuidado e atenção todos os meses do ano”, destaca Damasceno. Ele ressalta a importância de políticas públicas voltadas para a saúde mental, a formação contínua de profissionais da área e a promoção de ações de prevenção em escolas e comunidades.

Damasceno também chama a atenção para o papel das redes sociais na disseminação de informações sobre o suicídio. “É fundamental que as pessoas busquem informações em fontes confiáveis e procurem ajuda profissional com formação e conhecimento da área”, alerta.

Para o psicólogo, o Setembro Amarelo é um ponto de partida para um debate mais amplo sobre a saúde mental. “Precisamos continuar trabalhando para que o tema seja cada vez mais abordado de forma aberta, transparente e com base na ciência”, conclui o doutor em Psicologia.

Canais de ajuda:
CVV (Centro de Valorização da Vida): O CVV oferece atendimento gratuito e sigiloso 24 horas por dia, todos os dias da semana, por telefone, e-mail e chat. Você pode ligar para 188 ou acessar o site https://www.cvv.org.br/.

Serviços de saúde mental: Procure um psicólogo, psiquiatra ou outro profissional de saúde mental. Você pode encontrar profissionais em clínicas, CAPS (serviço especializado em Saúde Mental), hospitais ou através de convênios médicos.

Redes de apoio: Procure grupos de apoio ou comunidades online que abordam temas relacionados à saúde mental. Essas redes podem oferecer um espaço seguro para compartilhar experiências e receber apoio de outras pessoas que passam por situações semelhantes.

Família e amigos: Converse com pessoas de sua confiança sobre o que você está sentindo. A família e os amigos podem oferecer apoio emocional e prático.

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