

A história do acesso à água na microrregião de Irecê, que vai da busca pelo líquido que brotava do chão até o avanço da água encanada, ganhou uma representação artística e monumental. A Embasa transformou o muro de suas instalações, na BA-148, em uma vasta tela, onde o artista plástico Marcos Bastos eternizou, em traços de xilogravura, a saga hídrica da região.

Foto: Patrícia Araújo
Veículos e transeuntes que percorrem a BA-148, no caminho para Lapão, são convidados a vislumbrar a arte em diálogo com a história. Grandes painéis de xilogravura foram estampados no muro que cerca o Viveiro Educador da Embasa e os principais reservatórios que abastecem Irecê.
Com traços característicos e um olhar ligado à cultura nordestina, Marcos 'imprimiu' no concreto o roteiro do desenvolvimento e da sobrevivência, que vai da água carregada em latas, retirada da cacimba, à chegada da água tratada do Rio São Francisco nas torneiras.
A inspiração para a obra surgiu em 2013, a partir de uma pesquisa da Unidade Regional de Irecê que culminou em uma exposição de xilogravuras menores. Bastos utilizou essa base para ampliar as imagens à sua maneira, aplicando a técnica da xilogravura numa escala gigante.
A arte já chama atenção de quem passa por perto. A professora Déborah Pimentel, que passa pelo local diariamente a caminho do trabalho, relata o impacto da iniciativa: “Passo por esse caminho oito vezes por dia, e é um prazer vir trabalhar apreciando arte e cultura”.
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