Polícia encontra postos de combustível suspeitos de vender etanol adulterado com metanol para batizar bebidas

A ação contou com a participação de agentes da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que fiscalizaram os locais. O metanol, segundo o órgão, não é combustível veicular nem aditivo, devendo ser usado apenas em ambiente industrial. A ANP permite até 0,5% da substância no etanol veicular, por considerar que pode surgir no processo produtivo.

A operação é um desdobramento da ação realizada na semana passada, quando foi descoberta uma fábrica clandestina em São Bernardo do Campo, de onde teriam saído as bebidas falsificadas. Na ocasião, uma mulher foi presa em flagrante, suspeita de ser a responsável pela produção ilegal.

Entre os alvos da nova etapa estão parentes da suspeita: o pai, o ex-marido e outra mulher. De acordo com a polícia, o grupo teria vendido a bebida falsificada que levou o homem identificado como Claudio Baptista ao hospital com sintomas graves após consumir o produto em um bar na região da Saúde, Zona Sul da capital.

O caso se soma às mortes de Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, e Marcos Antônio Jorge Junior, de 46 anos, que também ingeriram bebidas alcoólicas adulteradas em um bar na Mooca, Zona Leste de São Paulo. As autoridades contabilizam ao menos três casos diretamente relacionados à fábrica clandestina.

Durante as diligências, os agentes também localizaram o “garrafeiro”, responsável por fornecer as embalagens utilizadas pelo grupo na falsificação.

Fonte: AgoraRN