Negros encontram dificuldades para adentrar cenário político

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) realizada em 2018, 81,1% da população baiana se autodeclararam negra; 58,2% pardos e 22,9% pretos. Ainda que a grande maioria dos baianos seja composta por descendentes de africanos, contudo, essa parte expressiva da população não tem proporcionalmente a mesma quantidade de representantes eleitos para o Congresso Nacional e para a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Em 2023, dos 39 deputados federais eleitos que assumirão mandato, 17 se autodeclaram pardos e quatro pretos (53,84%). Já para o parlamento baiano, dos 63 que tomarão posse no próximo ano, 61,9% se declararam negros, 31 candidatos se registraram como pardos na Justiça Eleitoral, enquanto oito como pretos.

Esse resultado concretiza a desigualdade nas chances que candidatos negros baianos têm de vencer uma disputa eleitoral diante de candidatos brancos. No pleito na Bahia para a Câmara Federal, para cada 100 candidatos que se autodeclaram pardos, quatro conseguiram ser eleitos. Entre os pretos, para cada 100, apenas dois se elegeram. Já entre os brancos, a cada 100 que se candidataram, 10 foram eleitos.


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