O Ministério da Saúde fez um alerta para o aumento e a disseminação da febre oropouche no Brasil. Até 13 de março, o país registrou 5.102 casos da doença, número cinco vezes maior do que o registrado no ano passado, quando foram notificados 835 ocorrências. A pasta informou que ao menos 13 estados relataram casos, entre eles: Amazonas, Rondônia, Bahia, Acre, Espírito Santo, Pará, Rio, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Amapá, Maranhão e Paraná.
Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, muscular, nas articulações, náusea e diarreia. Amazonas e Rondônia são os estados com maior número de casos, com 2.947 e 1.528, respectivamente.
“A adoção de estratégia laboratorial sentinela de diagnóstico de oropouche a partir de amostras negativas para dengue, chikungunya e Zika (DCZ) tem sido adotada pelo Lacen, no sentido de identificar a circulação de outros patógenos que podem estar associados aos eventos notificados que não reúnem evidências de infecção pelos arbovírus transmitidos pelo Aedes Aegypti. Anteriormente, sem tal detalhamento, muitos dos casos eram registrados como de dengue”, informou o ministério.
O que é febre oropouche?
Como o nome sugere, a febre oropouche é uma doença causada pelo vírus oropouche. Transmitido aos seres humanos principalmente pela picada do Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, esse vírus foi detectado no Brasil na década de 1960 a partir de amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos Estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).
Como prevenir?
De acordo com o Ministério da Saúde, as formas de prevenção incluem:
Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível;
Usar roupas que cubram a maioria do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele, especialmente nas regiões com maior número de casos;
Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas;
Se houver casos confirmados na sua região, é recomendado seguir as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos;
Fonte: R7