A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou, nesta segunda-feira (3), o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) do mês de maio, que registrou seu maior nível desde março de 2023, atingindo 112,9 pontos. Segundo matéria do InfoMoney, a diferença em relação ao mês anterior foi de 6,4 pontos.
Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre, aponta que a alta do mês foi influenciada por incertezas macroeconômicas relacionadas à inflação, à expectativa da taxa de juros nos próximos meses do ano e pelas incertezas externas relacionadas ao quadro mais desfavorável da economia internacional.
“Diante de tantos desafios, é possível que o indicador apresente dificuldades em retornar rapidamente a patamares mais confortáveis, como vinha registrando há quase um ano”, estimou.
A economista destacou em nota que a forte alta do IIE-Br em maio leva o indicador de volta a um patamar desfavorável após 11 meses oscilando abaixo ou no entorno dos 110 pontos.
“Uma análise de nuvem de palavras contidas nos textos que foram identificados como sinalizadores de incerteza econômica mostra um forte aumento no mês de citações ao Rio Grande do Sul, sugerindo um aumento de incertezas relacionadas ao desastre ambiental na região”, detalhou.
O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, contribui com 2,6 pontos para o IIE-Br. O aumento de 11,5 pontos, para 102,3 pontos, voltando a superar os 100 pontos é algo que não ocorria desde outubro do ano passado, quando marcara 103,1 pontos. Já o componente de Mídia subiu 4,4 pontos, para 114,2 pontos, o maior nível desde março do ano passado (117,1 pontos), contribuindo com 3,8 pontos para a evolução do índice agregado.
Fonte: Bahia.Ba