Dossiê entregue à CPI aponta que declaração de óbito da mãe do dono da Havan foi fraudada na Prevent Senior

Um dossiê entregue à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, aponta que a declaração de óbito da mãe do empresário, e dono da rede Havan, Luciano Hang, Regina Hang, "foi fraudada".

As informações são do jornal Estado de São Paulo. Segundo a publicação, o material foi elaborado por 15 médicos que afirmam ter trabalhado para a operadora de saúde Prevent Senior.

Hang é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e defensor do uso de medicamentos sem eficácia para tratar da Covid-19 - o chamado "tratamento precoce".

Segundo os médicos, a suposta fraude na declaração de óbito de Regina é um dos "inúmeros casos que não foram devidamente noticiados". O relato sobre a mãe do empresário consta no capítulo intitulado "Da suposta fraude nas declarações de óbito".

O dossiê entregue à CPI tem mais de 60 páginas. Em 5 de fevereiro, no Instagram, Hang informou que a mãe estava assintomática e com "quase 95% do pulmão tomado" quando foi levada ao hospital. Ela foi internada no Hospital Sancta Maggiore, da rede Prevent Senior, no bairro do Morumbi, em São Paulo.

Segundo o jornal, o documento entregue aos parlamentares aponta que Regina foi internada em 31 de dezembro e morreu em 3 de fevereiro. Os médicos que produziram o dossiê relatam que, no prontuário, havia informação sobre o início dos sintomas da paciente terem iniciado em 23 de dezembro.

No período, antes da entrada na Prevent Senior, foi adotado o tratamento com hidroxicloroquina, azitromicina e colchicina. Na internação, ainda de acordo com informações dos médicos, ela teria recebido ivermectina e tratamentos experimentais.

Hang disse que a mãe era cardíaca, tinha diabetes, insuficiência renal, sobrepeso e tomava "20 comprimidos por dia". "Eu me questiono: será que se eu tivesse feito o tratamento preventivo, eu não teria salvado a minha mãe?", ponderou o empresário no vídeo. BNews

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