Aprovada na noite da última quinta-feira (6), no Congresso Nacional, com 375 votos a favor, a reforma tributária recebeu 37 concordâncias de deputados da bancada baiana. Apenas dois dos representantes do estado votaram contra a PEC: a deputada Roberta Roma e o deputado Capitão Alden, ambos do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A legenda orientou aos seus integrantes que votassem contra a reforma. O deputado João Carlos Bacelar, integrante da sigla, foi o único parlamentar baiano a votar a favor.
Procurado pelo Portal M! para falar sobre as motivações do seu voto, o Capitão Alden afirmou entender que "o projeto deveria ter como prioridade a simplificação e unificação de tributos, sem mais aumento da carga tributária". O deputado diz que não é contra a reforma tributária e ainda destacou que ela precisa ser feita, mas não da forma como foi aprovada.
"O texto não foi debatido e está cheio de armadilhas. Com o texto atual, as decisões ficarão centralizadas em um conselho com pessoas indicadas pelo presidente da República, concentrando os poderes na União. E o mais grave: condicionaria a esse conselho a liberação ou não desses recursos, retirando os poderes das Assembleias Legislativas dos estados e da Câmera dos Deputados, as decisões sobre a forma de cobrança e emprego desses tributos. Com isso, retiram a capacidade de investimentos dos estados, subtraem recursos dos municípios e ainda provocam o aumento de mais impostos", enumerou.
Capitão Alden também afirmou que, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), os impostos federais foram diminuídos em grande parte dos produtos. "Mesmo assim, com tais reduções, mês a mês, batemos recordes na arrecadação e terminamos 2022 com um superávit", afirmou o deputado.
Como justificativa para a sua negativa à PEC, a deputada Roberta Roma citou o "aumento de custos operacionais para pequenas e médias empresas", prejudicando o seu crescimento, o que vai gerar, segundo avaliou, desemprego e recessão no país.
Fonte: Portal M!