Dois corpos foram trocados no necrotério do Hospital Aristides Maltez (HAM), em Salvador, e o caso é investigado pela Polícia Civil. A descoberta ocorreu durante um sepultamento em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador.
Familiares da diarista Suelene Araújo Oliveira, 49 anos, por pouco não enterram uma mulher desconhecida como se fosse parente. Suelene, que estava com um câncer, faleceu na última quinta-feira (03/11). O reconhecimento do cadáver foi feito pela ex-cunhada da diarista, Jaqueline Silva, que não encontrou semelhança com o de Suelene.
“Eu estava muito abalada, mas deveria ter prestado mais atenção e olhado. Não achei ajuda do funcionário do próprio hospital”, disse Jaqueline.
A família chegou a velar o corpo da mulher desconhecida durante toda a madrugada de quinta até a manhã da sexta (4). Porém, uma amiga que conhecia a diarista há mais de 30 anos ficou desconfiada e decidiu retirar as flores que cobriam o corpo para verificar cicatrizes (uma na barriga e duas marcas de cesarianas).
“Quando procurei a marca da cirurgia, não estava. Procurei a marca da cesárea e também não estava”, relatou ao G1 Cristina Mendes. Familiares disseram que o corpo de Suelene foi enviado para Biritinga, cidade que fica a mais de 170 quilômetros de Simões Filho.
O HAM reconheceu o sofrimento às famílias que o erro causou e disse que o caso será apurado. Em nota, a instituição afirmou que, em caso de prejuízos financeiros, as duas famílias terão apoio da instituição. Sobre a falta de ajuda do funcionário no reconhecimento do corpo no necrotério, a instituição afirmou que um profissional acompanhou parentes da vítima durante o procedimento. A previsão é de que ainda neste sábado as duas famílias estejam com os corpos corretos. Informe Baiano
