
Enquanto milhões de brasileiros comemoravam o Carnaval, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), assinou atos que aumentam significativamente os custos do Legislativo. O "cotão parlamentar", verba destinada ao custeio dos mandatos, teve um reajuste de R$ 4,9 milhões anuais, sendo o segundo aumento no ano. O primeiro ocorreu em fevereiro, conforme previsão da gestão anterior, comandada por Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Alcolumbre também ampliou os benefícios dos servidores da Casa. O auxílio-alimentação recebeu um aumento de 22,19%, passando para R$ 1.784,42. Outra medida polêmica foi a criação de uma nova escala de trabalho que permite folga a cada três dias úteis trabalhados. Essa "licença compensatória" poderá ser convertida em pagamento extra, sem impacto no cálculo do teto remuneratório dos servidores.
Os atos foram assinados na sexta-feira (28), véspera do feriado de Carnaval, e entraram em vigor no sábado (1º). Procurado, o Senado não se manifestou sobre os critérios utilizados para os reajustes.
A decisão gerou críticas de setores da sociedade, que apontam a contradição entre os cortes em investimentos públicos e o aumento nos gastos do Legislativo. O tema deve seguir repercutindo nos próximos dias.