Bolsonaro inicia defesa do próprio governo na ONU e fala em ‘Brasil diferente’

O discurso do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira (21), começou com a promessa de que mostraria “o Brasil diferente daquele publicado nos jornais e mostrado nas emissoras de televisão”. O mandatário fez comparações com governos anteriores e exaltou o fato de que o país estaria há dois anos de oito meses sem qualquer caso concreto de corrupção e que quando assumiu o governo “estávamos a beira do socialismo”.

Como exemplo citou que as estatais antes davam prejuízo e agora são lucrativas, e que os bancos brasileiros eram usados para financiar “obras em países comunistas sem garantias”. Segundo Bolsonaro, o Brasil recuperou a credibilidade com o resto do mundo.

Bolsonaro também falou sobre os valores que o governo tem como base ao citar que o Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição, valoriza a família e é leal ao povo.

Já era esperado que o presidente brasileiro mencionasse medidas com foco na economia. Nesse ponto ele citou o que chamou de o melhor programa de investimento com a iniciativa privada da história, com 100 bilhões de dólares contratados até o momento em novo investimentos; os leilões na área da infraestrutura que incluíram 34 aeroportos e 29 terminais portuários - e até mesmo o leilão da área de saneamento do Rio de Janeiro.

Os investimentos em ferrovias também foram destacados. Bolsonaro apontou que essa medida faz com que se reduza o consumo de combustíveis fósseis e tem como uma das consequências o barateamento da produção de alimentos.

Segundo Bolsonaro, agora o Brasil “tem tudo que o investidor procura”.

Durante o discurso o presidente ainda anunciou a realização nos próximos dias do leilão para implementação da tecnologia 5G no país.

A agricultura brasileira foi classificada no discurso como “ moderna e sustentável”. A importância também foi destacada ao citar que a produção do Brasil alimenta mais de um bilhão de pessoas no mundo e utiliza apenas 8% do território nacional.

A legislação ambiental brasileira também foi exaltada e apontada como a mais completa. O presidente citou que 84% da floresta amazônica segue “intacta” e comparou a área a da Europa Ocidental em tamanho.

Com a atuação altamente criticada por autoridades internacionais, o presidente citou medidas ambientais e lembrou que o país antecipou para 2050 o alcance da neutralidade climática.

por Jade Coelho/ Bahia Notícias

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